segunda-feira, 9 de março de 2009

Análise Mandriva - Parte Um

Antes do post em si, um pequeno aviso: essa leitura é recomendada apenas para quem já teve algum contato com distribuições Linux, então um total leigo não vai entender nada com nada. No entanto, por esses dias espero estar lançando um glossário sobre os principais termos e conceitos do universo Linux.


Depois de quase 2 anos utilizando o Arch Linux em tempo integral, resolvi testar a nova versão do Mandriva, por ter ouvido falar muito bem desta, mesmo entre os usuários avançados (ou estariam estes ficando preguiçosos?).


Então, munido de um tédio sem tamanho, fui ao teste dessa distribuição. Entrei no site, e baixei a iso via Bittorrent, pegando uma ótima velocidade, como já é de praxe nessa união de Linux e BT. No entanto, já se pode observar o primeiro ponto negativo, a falta de uma imagem de disco para instalação em pendrive, que seria a maneira mais cômoda de se utilizar a distro.


O hardware de teste para essa análise é o seguinte:



  • Pentium 4 2.8

  • 512MB RAM DDR400

  • Radeon 9200 PRO

  • Sound Blaster Audigy 2 ZS

  • Placa de Rede 3com

  • Placa-mãe Asus P4SP-MX


Não é, nem de longe, hardware de ponta, mas deve ser o suficiente para os testes, considerando que é um hardware comum no Brasil.


Para esse primeiro teste, os requerimentos, se considerando uma distro User-friendly são:



  • Suporte à Radeon 9200 PRO (que utiliza drivers abertos) e consequentemente, ativação automática ou totalmente gráfica dos efeitos 3D (Compiz Fusion).

  • Suporte integral à rede e som offboard, o que não deve ser um problema, considerando que ambos os drivers estão na árvore principal do kernel

  • Suporte plug-and-play para o modem AIKO 82D da Vivo, o que é normal no ubuntu, por exemplo.

  • Desempenho bom, já que todos os pacotes são otimizados para i586 (não entendo porque não i686, acredito que ninguém vá usar um Pentium Pré-MMX com uma distro com KDE4).


Bootou. O boot, provavelmente por ser gráfico e um livecd, é meio demorado, mas nada que possa ser considerado desesperador. Após o boot, somos apresentados à um pequeno assistente de introdução, onde configuramos o Idioma, o teclado, o fuso horário, aceitamos uma licença, e definimos a ativação (ou não) dos ambientes 3D Compiz Fusion e/ou Metisse.


Após o questionário, entramos no KDE4, que está com uma ótima aparência. Vamos então para a instalação. O instalador é totalmente gráfico, e a instalação parece prosseguir sem problemas. Em uma parte da instalação, o sistema resolve remover todos os pacotes não utilizados pelo hardware do sistema. Ponto para o Mandriva, isso é uma boa maneira de se evitar o famoso "bloat" na distribuição.


Durante a parte intensiva da instalação, o sistema simplesmente acusou que a janela do setup estava sem responder, apesar do barulho do meu HD (possivelmente já pedindo pra morrer) indicar haver uma grande atividade nele. Neste momento, um usuário comum já teria problemas, pois tentaria fechar a janela do setup e recomeçar, o que poderia até causar danos aos seus dados.


Em torno de 5 minutos depois, a tela "volta a responder", e temos uma barra de progresso (finalmente, algum feedback visual), e uma propaganda da linha de produto do Mandriva, o Free, somente com drivers e softwares livres; o One, com alguns drivers proprietários, mas que podem ser distribuídos sem problemas legais; e o Powerpack, com tudo dos anteriores, e ainda Codecs pagos, como MP3. É assim que se ganha dinheiro quando não se tem um africano milionário maluco bancando tudo.


Primeiro boot do Mandriva. Outro setup, dessa vez para configurar a conexão, e o usuário. Vejo que a opção 3G está disponível, veremos então como será a configuração logo quando eu puser o modem para testar. Mesma ladainha para iniciar, agora finalmente estamos no Mandriva instalado! Primeiro passo: configurar as fontes decentemente, o Mandriva por defeito (versão aportuguesada de "default", para quem não sabe, e muito usada em Portugal) vêm com as fontes definidas como Sans Serif, tamanho 10. A primeira coisa que se aprende quando es estuda tipografia, é que fontes serifadas só ficam legal quando são impressas, então deve-se evitá-las em meios digitais. Mancada da equipe do Mandriva nisso aí. Pelo menos a DejaVu Sans está instalada, e a configuração padrão das fontes no mandriva está muito boa com relação à antialias.


Próximo passo: testar o Compiz. Tudo beleza, fades, cubo, tudo funcionando perfeito. Próximo passo, testar a SoundBlaster. Surpresa! Tudo funcionando normal, incluindo o Amarok rodando Mp3! Muito bom.


Na próxima parte, irei cobrir a parte da Internet, o Painel de Controle do Mandriva, e o Gerenciador de Pacotes. Na terceira parte, iremos fazer um sumário de todas as vantagens e desvantagens da distro, para aí sim, dar um resultado final sobre ela.


Até a próxima!

3 comentários:

  1. Tá legal, cara!
    Era massa umas screens. Já estou curioso sobre os demais tópicos.

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  2. Eu uso Linux + por causa de sua Portabilidade... Executo ele via CD ou DVD(tanto pelo próprio windows ou até mesmo pelo boot do cd) e faço alterações que não são possíveis no meu Windows, como particionar o HD, etc. Tenho algumas noções do Madriva(Gnome se n me falha a memória) e do Kurumin(Debian se não me falha a memória). Seria interessante vcs comentarem sobre isso tb ^^.

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  3. Tbm uso o linux em liveCD(kurumin) ja usei o manriva um tempo mas num gostei,talvez porisso resista ao ubuntu
    e comcordo com a ideia de uma analise do kurumin e se possivel com dicas de comfiguração avaçada

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